Dn
7.1-28
Os estudiosos do livro de Daniel
dividem o livro em duas partes, histórica e profética. Os capítulos 1 a 6 o
identificam como históricos, mesmo contendo uma parte profética no capítulo 2.
Os capítulos 7 a 12 são tratados como sendo proféticos. É interessante notar que
os acontecimentos dos capítulos 7 e 8 antecedem os descritos nos capítulos 5 e
6. Se no capítulo 6, Daniel já passava dos 80 anos de idade, no capítulo 7, ele
tinha aproximadamente uns 70 anos. Quando Daniel organizou o seu livro tratando
das interpretações dos sonhos nos capítulos 2 e 6 e as visões que ele recebeu de
Deus as separou da parte histórica.
No
capítulo 7 inicia-se, essencialmente, a parte profética do livro de Daniel, o
verdadeiro Apocalipse do Antigo Testamento. Esse
capítulo
7 com a
sua visão dos impérios mundiais é paralelo com o capítulo 2 que tem o sonho de
Nabucodonosor. O capítulo 2 apresenta quatro impérios representados por quatro
figuras do mundo material. A visão do capítulo 2 foi dada a um rei pagão, o rei
Nabucodonosor e a visão do capítulo 7 foi dada a um servo de Deus, o príncipe
Daniel. A Nabucodonosor a visão revela o lado político e material dos impérios,
representados na figura da grande Estátua. A Daniel Deus revelou o lado moral e
espiritual desses impérios representados pelas figuras dos quatro animais. Os
fatos são os mesmos, mas o objetivo das duas visões difere nas finalidades. Deus
mostra a decadência desses impérios e o surgimento do reino eterno do
Messias.Igualmente, os acontecimentos preditos e proféticos nos capítulos 7 a 12
se darão em sequência cronológica. As duas primeiras visões dos capítulos 7 e 8
se deram antes da festa de Belsazar, descrita no capítulo 5. Porém, a visão do
capítulo 9 precedeu à experiência de Daniel na cova dos leões no capítulo 6. Já,
a quarta visão de Daniel (cap.10 a 12) se deu no “ano terceiro de Ciro, rei da
Pérsia” (Dn 10.1).
I - VISÃO DOS QUATRO ANIMAIS
Uma
perspectiva do futuro
Nos
capítulos 7 e 8 temos a história do futuro que vieram a Daniel em visões. Cada
uma das visões está relacionada com os acontecimentos dos futuros governos
mundiais representados por quatro impérios. Esses impérios são, em primeiro
lugar, o da Babilônia, regido por Nabucodonosor; o segundo, o Império Me-
do-persa, pela aliança dos reis da Média e da Pérsia; o terceiro, é o Império
Grego, que aparece sob a liderança de Alexandre Magno, que depois de morto, foi
dividido entre seus quatro generais. O quarto império é o de Roma. Percebe-se
que estes quatro impérios são os mesmos do sonho de Nabucodonosor no capítulo 2.
A distinção entre os capítulos 2 e 7 está na figura da Estátua que Nabucodonosor
viu em seu sonho, nos materiais de ouro, prata, cobre, ferro misturado com
barro, e a figura de quatro animais no capítulo 7. Na verdade, esses quatro
impérios mundiais representam os poderes gentílicos dominando o
mundo.
No
capítulo 2, o quarto Império, o Romano, representado pelo ferro das pernas e o
barro misturado com ferro dos pés, é destruído por uma pedra cortada do monte
que é lançada sobre os pés e destrói toda a estátua. Sem o uso de ferramentas, a
pedra lançada representa o Reino do Messias que virá para desfazer o poder das
forças gentílicas.
No
capítulo 7, temos a figura do ancião sentado em um trono de juízo, e destrói o
último inimigo. Depois, com “as nuvens do céu” vem o “filho do homem” que recebe
o domínio, a glória e o reino e Ele reinará para sempre. Não é outro senão,
Jesus Cristo, o Messias, não reconhecido em sua primeira vinda, mas se dará a
conhecer quando todo olho o verá vindo do céu sobre o monte das Oliveiras (Zc
14.4).
Sonhos e
visões de Daniel (7.1). Nos capítulos 2 e 4, o agente das visões e sonhos foi
Nabucodonosor e Daniel interpretou esses sonhos do rei. Agora, no capítulo 7,
Daniel é o agente direto das revelações e interpretações que Deus lhe concedeu.
Antes do capítulo 7, Daniel fazia um relatório na terceira pessoa e, depois, ele
fala e escreve na primeira pessoa, relatando as suas visões. Outrossim, o texto
diz que estas visões lhe vieram “no primeiro ano de Belsazar”. O reino da
Babilônia já começava a dar os primeiros sinais de enfraquecimento político
quando Daniel tem essas visões de Deus. Essas visões de Daniel vieram entre os
anos 552 e 553 a.C., que foi o primeiro ano do reinado de
Belsazar.
Os
quatro ventos do céu
Daniel, em
sua visão, viu “os quatro ventos do céu agitavam o Mar Grande” (7.2) que
simbolizam os poderes celestiais movimentando o mundo nos quatro pontos
cardeais. São ventos que representam as grandes comoções políticas, os conflitos
bélicos e sociais nas nações do mundo.
“mar
grande”(v. 2) e “subiam do mar”(v. 3). O “Mar Grande” tem sido interpretado de
dois modos: Alguns estudiosos veem o “mar grande” como sendo a humanidade;
outros veem o “Mar Grande” como sendo o Mar Mediterrâneo, pelo fato, de que os
quatro impérios da visão surgem junto ao Mediterrâneo. Por outro lado, “o mar”,
nas profecias escatológicas da Bíblia é interpretado, também, como sendo “as
nações gentílicas” (Is 17.12,13). Minha opinião particular, fruto das avaliações
que fiz do texto é de que “o Mar Grande” é o Mediterrâneo. O versículo 3 diz que
“subiam do mar” e isto indica que se trata das nações adjacentes ao
Mediterrâneo. Uma das razões é que, o último império do capítulo 2 e o 7, é o
Império Romano, cujas dimensões alcançavam as nações gentílicas adjacentes a
Roma.
II - O SIGNIFICADO FIGURADO DOS QUATRO ANIMAIS
Os quatro
animais como já dissemos estão ligados com o Mar Mediterrâneo. O uso simbólico e
profético do “mar” revela as turbulências e inquietações promovidas pelas
lideranças desses personagens dos quatro impérios. Esses animais são diferentes
uns dos outros e possuem caraterísticas que revelam a brutalidade daqueles dias
de forma irracional porque as ações desses animais ultrapassarão o nível da
racionalidade. Era o retrato que Deus dava desses impérios nas figuras
animalescas do texto para revelar o surgimento deles ao longo da vida de Israel
e do mundo, bem como, destacar o último grande império mundial sob a égide de
Satanás, representado pelo Anticristo.
“o
primeiro era como leão e tinha asas de águia” (7.4.). O leão, do mundo animal, o
rei dos animais, simboliza a Babilônia, profetizado, também, pelo Profeta
Jeremias (Jr 4.6,7). Comparando as visões do capítulo 2, a “cabeça de ouro”(Dn
2.32,37,38) é a “Babilônia” representada no capítulo 7 pelo “leão com asas de
águia” (Dn 7.4), percebemos o paralelo entre os dois capítulos. Deus se utiliza
de figuras do conhecimento cultural do homem para revelar verdades morais e
espirituais, por isso, na visão de Daniel Deus usou figuras do mundo animal. No
reino animal, o leão é o predador maior, portanto o rei. Aqui no capítulo 7 o
leão representa o Império Babilónico e as “asas de águia” fala da conquista em
extensão desse império que foi o maior do mundo naquela época.
Na natureza, na fauna animal, o leão e a águia são os animais nobres. O leão é símbolo do rei dos animais terrestres e a águia é identifica como a rainha das aves do céu. Os dois, o leão e a águia representam a Babilônia pela ostentação de domínio e riqueza que tinha em relação ao mundo de então. O leão lembra a bravura, a violência e a força bruta sobre suas presas. Foi o que Nabucodonosor fez com as nações que subjugou sob seu domínio. A águia lembra a rapidez e a voracidade. Portanto, o domínio da Babilônia aconteceu entre os anos 605-539 a.C.
Na visão, Daniel viu que o fim chegou para a Babilônia quando lhe “foram arrancadas as asas” (7.4) e isto lembra o fato quando Nabucodonosor que ficou demente, agindo como animal do campo, porque não soube reconhecer a soberania divina. Ora, uma águia sem asas significa um poder desfeito, sem capacidade de voar. Depois de “arrancadas as asas”, diz o texto que o mesmo “foi posto em dois pés como homem”, e na sua recuperação voltou à racionalidade e passou a agir como homem normal. Com esta experiência, Nabucodonosor teve que reconhecer a soberania divina e lhe dar a glória que só pertence a Deus (Dn 4.24,25,32,33,36,37).
Na natureza, na fauna animal, o leão e a águia são os animais nobres. O leão é símbolo do rei dos animais terrestres e a águia é identifica como a rainha das aves do céu. Os dois, o leão e a águia representam a Babilônia pela ostentação de domínio e riqueza que tinha em relação ao mundo de então. O leão lembra a bravura, a violência e a força bruta sobre suas presas. Foi o que Nabucodonosor fez com as nações que subjugou sob seu domínio. A águia lembra a rapidez e a voracidade. Portanto, o domínio da Babilônia aconteceu entre os anos 605-539 a.C.
Na visão, Daniel viu que o fim chegou para a Babilônia quando lhe “foram arrancadas as asas” (7.4) e isto lembra o fato quando Nabucodonosor que ficou demente, agindo como animal do campo, porque não soube reconhecer a soberania divina. Ora, uma águia sem asas significa um poder desfeito, sem capacidade de voar. Depois de “arrancadas as asas”, diz o texto que o mesmo “foi posto em dois pés como homem”, e na sua recuperação voltou à racionalidade e passou a agir como homem normal. Com esta experiência, Nabucodonosor teve que reconhecer a soberania divina e lhe dar a glória que só pertence a Deus (Dn 4.24,25,32,33,36,37).
O segundo
grande animal da visão é UM URSO (7.5). O urso, pela sua força e voracidade é
quase tão formidável quanto o leão. E um animal pesado que tem um apetite voraz,
carnívoro e que estraçalha suas presas sem dificuldade. E um animal que age com
ataques súbitos e inesperados. Na interpretação de Daniel, esse “urso”
representa o segundo império que sucedeu ao babilônico que foi o “império
medo-persa” (Dn 2.39). Um detalhe interessante é que o texto diz: “o qual se
levantou de um lado” (v. 5). Em outras versões, a compreensão se amplia com a
forma como está escrito, quando diz: “com uma das patas levantada, pronto para
atacar”, conforme está na Bíblia Viva. Subentende-se que o urso não está
dormindo, mas está pronto para atacar e foi o que fez, unindo a Média e a
Pérsia, num ataque violento contra os exércitos de Nabonido. Na visão, o urso
tinha “três costelas entre os dentes” que podem representar o domínio sobre três
pequenas nações conquistadas por Ciro e por Dario.
O Império Medo-persa foi formado com a união das duas nações: a Média e a Pérsia. No capítulo 2, o peito e os braços da colossal estátua simbolizavam o império que sucedeu ao Babilônico, que é o medo-persa. Os dois braços simbolizavam a Média e a Pérsia que se aliaram para atacar a Babilônia e formar um governo só. Em relação a visão de Daniel, “o grande urso” se levantou de um lado, ou seja, se levantou para atacar com voracidade e foi o que fez.
O Império Medo-persa foi formado com a união das duas nações: a Média e a Pérsia. No capítulo 2, o peito e os braços da colossal estátua simbolizavam o império que sucedeu ao Babilônico, que é o medo-persa. Os dois braços simbolizavam a Média e a Pérsia que se aliaram para atacar a Babilônia e formar um governo só. Em relação a visão de Daniel, “o grande urso” se levantou de um lado, ou seja, se levantou para atacar com voracidade e foi o que fez.
Diz mais o
texto que o tinha “três costelas entre os dentes” (v. 5). Os estudiosos
escatológicos discutem sobre “as três costelas” entre os dentes do grande urso,
que podiam representar três outras nações que foram conquistadas por esse
império. A maioria desses estudiosos entende que se tratava da Babilônia, da
Lídia, na Ásia Menor e do Egito. Essas nações fizeram uma coligação para
suplantar as ameaças de dois reis, Dario e Ciro. Essas três nações (Babilônia,
Lídia e Egito) não conseguiram reagir porque “o urso” atacou com força voraz e
muita violência e os desfez. As “costelas entre os dentes” era o resultado de
outra ordem divina para o ataque do Urso, quando diz: ”Levanta-te, devora muita
carne”. Segundo a história e as profecias bíblicas, especialmente, de Isaías,
Ciro da Pérsia foi usado por Deus e é chamado o seu “ungido” para desfazer a
força da Babilônia (Is 44.28; 45.5). Deus usou um rei pagão para fazer o que ele
estabeleceu em sua soberana vontade para punir aquelas nações e para restaurar o
seu povo em Jerusalém. Porém, na presciência divina, haveria um tempo para os
sucessos do Império Medo-persa e esse tempo chegaria com o surgimento de outro
animal: um leopardo.
O terceiro
grande animal da visão é um LEOPARDO COM QUATRO ASAS (7.6). A primeira frase que
aparece na sequência da visão depois do segundo animal, o urso, foi a seguinte:
“Depois disso, eu continuei olhando”. Essa frase dá a entender que os animais
apareceram na visão em sequência. Não apareceram todos ao mesmo tempo, mas um
depois do outro, porque Deus queria facilitar a compreensão do seu servo Daniel
em todos os detalhes da visão. O terceiro animal, portanto, era um leopardo, ou
semelhante a um leopardo. A
caraterística principal desse animal era a sua agilidade, a sua rapidez. Acima de tudo, esse leopardo não era semelhante aos leopardos comuns porque ele tinha “quatro asas nas costas” e tinha, também, “quatro cabeças”. Deus toma a figura desse animal extraordinário, porque não havia no mundo animal nenhum semelhante. Esse leopardo era uma representação da Grécia, que, com estupenda velocidade e crueldade conquistou o mundo de então que estava sob o domínio medo-persa. O leopardo comum, além de ser carnívoro, é capaz de ataques súbitos e inesperados. Esse ágil e forte leopardo representa, sem dúvida, ao reino grego sob a força militar de Alexandre em 331 a.C. Como figura mítica, esse leopardo tinha quatro asas de ave e quatro cabeças. As asas indicam o império depois da morte de Alexandre (323 a.C.).
O Império Grego, no capítulo 2 é representado no sonho da Estátua de Nabucodonosor representado pelo “ventre e as coxas de cobre” (Dn 2.32). No capítulo 7, Daniel vê o leopardo alado e com quatro cabeças como o Império Grego que veio com Alexandre, o Grande, da Macedônia. Em dez anos, Alexandre com enorme rapidez dominou o Império Medo-persa em 334 a.C., e expandiu o seu domínio na Europa e na índia. Ele tinha uma obsessão em conquistar outros territórios, e o fez com quatro principais generais de guerra.
caraterística principal desse animal era a sua agilidade, a sua rapidez. Acima de tudo, esse leopardo não era semelhante aos leopardos comuns porque ele tinha “quatro asas nas costas” e tinha, também, “quatro cabeças”. Deus toma a figura desse animal extraordinário, porque não havia no mundo animal nenhum semelhante. Esse leopardo era uma representação da Grécia, que, com estupenda velocidade e crueldade conquistou o mundo de então que estava sob o domínio medo-persa. O leopardo comum, além de ser carnívoro, é capaz de ataques súbitos e inesperados. Esse ágil e forte leopardo representa, sem dúvida, ao reino grego sob a força militar de Alexandre em 331 a.C. Como figura mítica, esse leopardo tinha quatro asas de ave e quatro cabeças. As asas indicam o império depois da morte de Alexandre (323 a.C.).
O Império Grego, no capítulo 2 é representado no sonho da Estátua de Nabucodonosor representado pelo “ventre e as coxas de cobre” (Dn 2.32). No capítulo 7, Daniel vê o leopardo alado e com quatro cabeças como o Império Grego que veio com Alexandre, o Grande, da Macedônia. Em dez anos, Alexandre com enorme rapidez dominou o Império Medo-persa em 334 a.C., e expandiu o seu domínio na Europa e na índia. Ele tinha uma obsessão em conquistar outros territórios, e o fez com quatro principais generais de guerra.
O texto
diz que “foi-lhe dado o domínio” (v. 6) e, de fato, rapidamente Alexandre
conquistou as nações ao redor e a influência do seu domínio, especialmente, na
cultura, foi capaz de tornar-se referencial cultural para o mundo inteiro até os
tempos modernos. Porém, em 323 a.C., Alexandre teve uma morte súbita e o seu
reino foi dividido por seus quatro generais. A Cassandro, foi-lhe dado a
Macedônia e a Grécia; a Ptolomeu I, a Palestina e o Egito; a Selêuco I, foi-lhe
dado a Síria e a Lisímaco, foi-lhe dado a Ásia Menor e
Trácia.
Na
linguagem bíblica, a figura da “cabeça” simboliza governo (Is 7.8,9; Ap 13.3,12)
e “as quatro cabeças” do leopardo representam os quatro generais que repartiram
entre si o império depois da morte de Alexandre, o Grande. O leopardo, como um
todo, diz o texto no versículo 6 que “foi lhe dado o domínio”. Naturalmente,
entende-se, antes de tudo, que Deus tem o cetro de governo do universo e deu ao
rei grego o poder de dominar por um pequeno período de tempo. No projeto divino
prevalece a sua soberania que domina sobre as nações do mundo. Esses quatro
generais se tornaram reis nas regiões designadas e se destacaram pela mesma
ambição de glória e de poder como seu líder e desenvolveram conflitos entre si e
lutaram entre si. Segundo outra visão que Daniel teve acerca desse mesmo império
no capítulo 11.4: “o seu reino será quebrado, e repartido para os quatro ventos
do céu, mas não para a sua posteridade”. Mais uma vez, ninguém rouba o cetro de
governo de Deus. O Império Grego também passou e foi superado por outro mais
forte e violento, o Império Romano. O leopardo audaz foi abatido pelo “animal
terrível e espantoso” (Dn7.7).
O quarto
grande animal tem aparência indescritível (7.7,23)
A
semelhança do capítulo 2, o Império Romano aparece no sonho de Nabucodonosor
representado pelas “pernas de feno e os pés, em parte de ferro e em parte de
barro” (2.33). No capítulo 7, o Império Romano aparece na visão de Daniel como
um “animal terrível e espantoso” (Dn 7.7). Esse quarto animal não se parece com
qualquer outro tipo do mundo animal. Não havia nada comparável do mundo animal.
O profeta percebe que era um animal, um monstro mítico o qual define como um
animal “terrível e espantoso”. A caraterística que se destacava nesse animal era
a sua força e poder de destruição. Esse animal tinha “dentes de ferro” que
triturava tudo o que estivesse à sua frente, indicando força e insensibilidade
no trato com coisas vivas (v. 23). A força desse império foi demonstrada pela
força militar que se tornou o maior referencial da sua conquista. Esse é o
império sequente que veio depois do medo-persa.
“terrível
e espantoso” (7.7). Esse animal deixou seus rastros de morte e destruição por
onde passava. O Império Romano é caraterizado pela dureza do ferro que é um
símbolo do poder militar. Pelo poder militar, o Império Romano impôs sua força
brutal, com violência e dureza, inclusive nos tempos da vida terrestre de Jesus
Cristo. Os sofrimentos impingidos na prisão, martírio e crucificação de Jesus
revelam a força bruta das milícias romanas contra as pessoas. Em relação ao
quarto animal, Daniel o vê como “terrível e espantoso”. Isto lembra, não só as
proezas romanas, mas a violência como cultura e entretenimento, quando levavam
seus prisioneiros às arenas romanas para serem devorados por animais carnívoros
e famintos, enquanto a elite e o povo assistiam com aplausos e gritos (At
19.12-18;At 16.36-39).
Nos tempos cristãos, ainda sob a égide romana, milhares de cristãos foram martirizados nessas arenas e circos, especialmente, em Roma. O império se impunha pela força bruta, por isso, “tinha dentes grandes de ferro” que a tudo destruía e triturava. Diz o texto que a tudo que tomava nos dentes “fazia em pedaços”. No versículo 23, Daniel explica e interpreta a figura desse quarto animal representando um reino em que a crueldade seria a marca do império desde 241 a. C. até 476 d. C. Esse império é visto numa perspectiva escatológica, pois cremos que, mesmo que aparente e fisicamente tenha deixado de existir, historicamente, num tempo especial ele ressurgirá com força reunindo as forças gentílicas das nações do mundo, especialmente, as nações adjacentes ao “Mar Grande”, o Mediterrâneo, e mostrará sua força sob a liderança do Anticristo.
Nos tempos cristãos, ainda sob a égide romana, milhares de cristãos foram martirizados nessas arenas e circos, especialmente, em Roma. O império se impunha pela força bruta, por isso, “tinha dentes grandes de ferro” que a tudo destruía e triturava. Diz o texto que a tudo que tomava nos dentes “fazia em pedaços”. No versículo 23, Daniel explica e interpreta a figura desse quarto animal representando um reino em que a crueldade seria a marca do império desde 241 a. C. até 476 d. C. Esse império é visto numa perspectiva escatológica, pois cremos que, mesmo que aparente e fisicamente tenha deixado de existir, historicamente, num tempo especial ele ressurgirá com força reunindo as forças gentílicas das nações do mundo, especialmente, as nações adjacentes ao “Mar Grande”, o Mediterrâneo, e mostrará sua força sob a liderança do Anticristo.
“Estando
eu considerando as pontas (chifres), eis que entre elas subiu outra ponta
pequena (chifre)” (7.8). Em outras versões, a tradução apresenta de forma direta
como “chifre pequeno” que surge entre os demais chifres no espantoso animal.
Esse “chifre pequeno” representa, escatologicamente, “o homem do pecado” ou “o
filho da perdição” (2 Ts 2.3) que surgirá num determinado tempo designado por
Deus identificado como o “anticristo”. Esse personagem aparecerá, literalmente,
no “último tempo”, ou seja, na Grande Tribulação, blasfemando contra o Altíssimo
até que venha o juízo de Deus sobre ele. Os dez chifres do quarto animal
representam a força desse terrível animal.
Conforme a visão, Daniel vê sair do meio da cabeça desse espantoso animal, entre os dez chifres um “chifre pequeno” que tem olhos e uma boca que “fala insolências”. Falar insolências significa falar com desrespeito às instituições e pessoas. Significa ser desaforado e é exatamente o que o personagem do “chifre pequeno” fazia e fará na pele do Anticristo. Esse “chifre pequeno” surgirá entre os outros chifres do “animal terrível espantoso”, ou seja, entre os dez reinos no último tempo como está profetizado e interpretado por Daniel nos versículos 24 e 25, quando diz: ”E, quanto às dez pontas, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros e abaterá a três reis. E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues nas suas mãos por um tempo, e tempos, e metade de um tempo”. Esse chifre pequeno será um homem que aparecerá no “último tempo” e blasfemará contra Deus, até que lhe venha o juízo divino.
Conforme a visão, Daniel vê sair do meio da cabeça desse espantoso animal, entre os dez chifres um “chifre pequeno” que tem olhos e uma boca que “fala insolências”. Falar insolências significa falar com desrespeito às instituições e pessoas. Significa ser desaforado e é exatamente o que o personagem do “chifre pequeno” fazia e fará na pele do Anticristo. Esse “chifre pequeno” surgirá entre os outros chifres do “animal terrível espantoso”, ou seja, entre os dez reinos no último tempo como está profetizado e interpretado por Daniel nos versículos 24 e 25, quando diz: ”E, quanto às dez pontas, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros e abaterá a três reis. E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues nas suas mãos por um tempo, e tempos, e metade de um tempo”. Esse chifre pequeno será um homem que aparecerá no “último tempo” e blasfemará contra Deus, até que lhe venha o juízo divino.
“o chifre
pequeno” (7.8). Tanto em Daniel 7.8 como em Apocalipse 13.1,5,6, as profecias
apontam para um personagem dos últimos tempos, o Anticristo. A relação das
profecias dadas a Daniel no Antigo Testamento e a João, o apóstolo, no Novo
Testamento, nos mostra que os dois apontam para o governante simbolizado por
esse “chifre pequeno” e que o mesmo adquire personalidade porque tem “uma boca
que fala grandiosamente”. Falar coisas grandes sugere que este Líder fará
promessas políticas persuasivas, especialmente, para enganar o povo de Israel e
todo o mundo, que ficarão pasmados com a eloquência desse personagem. Assim como
os discursos de líderes políticos do mundo influenciam nações e políticos com
decisões que podem ser para a guerra ou para a paz, o Anticristo terá um poder
enorme de persuasão entre as nações. É desse modo que o Anticristo fará um pacto
com Israel no período da Grande Tribulação.
Segundo a visão escatológica de Daniel, esse Líder (o “chifre pequeno”) representado pelo Anticristo será investido de autoridade e fará fortes ameaças para manipular os governos de todo o mundo naquela época. Ele dirá grandes blasfêmias contra Deus e, arrogantemente terá uma postura zombeteira contra Deus e contra o povo de Israel. O apóstolo João, em sua visão apocalíptica no capítulo 13.6 diz: “Abriu a boca contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu”. Hoje, nosso mundo parece estar sob a síndrome desse líder futuro que mostra os seus primeiros sinais e se não mostrou a sua cara ainda é porque a Igreja de Cristo está na terra. Mas não há dúvida, o espírito do Anticristo, movido pelo Diabo, está agindo e preparando o cenário mundial para o seu advento.
Os líderes atuais do planeta, para governar as nações, usam recursos do materialismo, da idolatria, mas terão uma retórica vazia com discursos inflamados para acusar as nações que ainda possuem um pouco de temor a Deus. Esse líder será, sem dúvida, um líder político, mas irá explorar a religiosidade dos seres humanos e mostrará, entre outras simulações, alguém que terá aparência religiosa para enganar os povos religiosos do mundo, explorando o fanatismo religioso dos povos com o objetivo de tirar proveito para si. Vivemos tempos de rebelião e oposição contra Deus quando o Diabo prepara o mundo para a plataforma do Anticristo.
Segundo a visão escatológica de Daniel, esse Líder (o “chifre pequeno”) representado pelo Anticristo será investido de autoridade e fará fortes ameaças para manipular os governos de todo o mundo naquela época. Ele dirá grandes blasfêmias contra Deus e, arrogantemente terá uma postura zombeteira contra Deus e contra o povo de Israel. O apóstolo João, em sua visão apocalíptica no capítulo 13.6 diz: “Abriu a boca contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu”. Hoje, nosso mundo parece estar sob a síndrome desse líder futuro que mostra os seus primeiros sinais e se não mostrou a sua cara ainda é porque a Igreja de Cristo está na terra. Mas não há dúvida, o espírito do Anticristo, movido pelo Diabo, está agindo e preparando o cenário mundial para o seu advento.
Os líderes atuais do planeta, para governar as nações, usam recursos do materialismo, da idolatria, mas terão uma retórica vazia com discursos inflamados para acusar as nações que ainda possuem um pouco de temor a Deus. Esse líder será, sem dúvida, um líder político, mas irá explorar a religiosidade dos seres humanos e mostrará, entre outras simulações, alguém que terá aparência religiosa para enganar os povos religiosos do mundo, explorando o fanatismo religioso dos povos com o objetivo de tirar proveito para si. Vivemos tempos de rebelião e oposição contra Deus quando o Diabo prepara o mundo para a plataforma do Anticristo.
III - O CLÍMAX DA VISÃO (7.9-14)
A
escatologia está sendo abandonada por muitas igrejas e pregadores, porque
entendem que a igreja não deve se preocupar com Israel, nem com o seu futuro.
Algumas igrejas e pregadores preferem uma teologia horizontalizada que se
preocupa, essencialmente, com “o aqui e agora”, com o “hoje”. Ensinam alguns que
as profecias de Daniel e Apocalipse têm um caráter apenas alegórico e que pode
ser descartado por temas atuais. Entretanto, não podemos descartar a importância
dessas profecias que apontam para o futuro.
A visão
de Tronos e do Juízo de Deus (7.9-14)
O texto
diz: “foram postos uns tronos”(7.9).A partir do versículo 9, Daniel vê uma cena
de juízo da parte de Deus contra o quarto animal, ou seja, a quarta Besta que
aparece na visão com um vislumbre escatológico para o Anticristo. Esses tronos,
no plural, indicam vários juízos aplicados nos dias da Grande Tribulação. E
interessante notarmos que os tronos de juízo aparecem simultaneamente com a
aparição do “chifre pequeno” indicando todos aqueles juízos revelados na visão
do Apocalipse a João na Ilha de Patmos. Esses tronos vistos na visão de Daniel
indicam tribunais em que alguns personagens especiais se assentam para
julgar.
O texto lembra um tribunal como a Suprema Corte que reúne juízes para julgar. O próprio Deus, Juiz Supremo, se assenta no seu Trono, acompanhado de seu Conselho Celestial para julgar (1 Rs 12.19; Jó 1.6).
O texto lembra um tribunal como a Suprema Corte que reúne juízes para julgar. O próprio Deus, Juiz Supremo, se assenta no seu Trono, acompanhado de seu Conselho Celestial para julgar (1 Rs 12.19; Jó 1.6).
“o ancião
de dias” (7.9-12). Esse personagem, o “ancião de dias”, ganha destaque na visão
de Daniel. E uma figura humana que ilustra o respeito pelo que Deus é,
naturalmente, muito mais que “um ancião de dias”; muito mais que alguém
respeitado pela idade, porque Deus é o Supremo Juiz, que aparece como um “ancião
de dias” numa referência a cultura humana de respeito às pessoas idosas, por
causa da experiência e a sabedoria. As palavras hebraicas atiz e yomin que se
traduz por “ancião de dias” é uma designação do Deus Todo poderoso como Juiz
supremo, quem derramará seus juízos contra os reinos do mundo que tenham se
associado com o Anticristo. Por isso, essa figura do “ancião de dias” é
utilizada para identificar a Deus como aquEle que tem autoridade e poder para
julgar, especialmente, contra o personagem daquele “pequeno
chifre”.
A sua
“veste branca como a neve” (7.9) fala de pureza e santidade. Deus é Santo (Is
6.1-4) e está rodeado de anjos santos.
“ Um rio
de fogo manava e saía de diante dele” (7.10). Como vislumbrar a glória que
envolve a majestade divina? A figura do fogo ilustra o que Deus é: santo, puro,
iluminador, purificador. A visão do profeta Isaías no capítulo 6 do livro seu
livro ilustra a glória do fogo diante do Trono de Deus. O versículo 10 fala da
santidade do “ancião de dias” que é o Pai Celestial e a relação do seu trono com
o fogo que manava do Trono para falar de pureza e justiça. As “rodas do trono”
indicam que Deus não é uma figura estática como os promulgará a sentença final
contra o quarto animal (Roma) e o Chifre Pequeno, representado como o grande
opositor dos interesses de Deus para com Israel
(7.11,12).
“milhares
de milhares o serviam diante dele” (7.10). Daniel percebe que o fogo que manava
e saía de diante dEle é identificado com os anjos celestiais que o servem. Os
anjos são seres espirituais que podem tomar muitas formas, porque não possuem
forma que se possa identificá-los. Na visão de Daniel eles são chamas de fogo
que se diversificam em milhares de seres que servem ao Trono do Supremo
Deus.
IV - O JUÍZO CONTRA O ANIMAL
O juízo
divino contra o império sob o domínio do “chifre pequeno” está declarado assim:
“estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo desfeito, e entregue
para ser queimado pelo fogo” (7.11). O juízo de Deus, sentado em seu Trono de
Justiça e Juízo, rodeado de seus anjos, é lançado para por fim a soberba do
Anticristo e seus aliados naqueles dias. Ele acabará como os demais. A
semelhança dos reis profanos, soberbos e arrogantes como Nabucodonosor, Antíoco
Epifânio, Herodes, Nero, Hitler e outros que tiveram uma liderança de destruição
e morte, desafiando a Deus e não reconhecendo a sua Soberania, foram destruídos
porque só Deus é Deus Todo-Poderoso e tem o cetro de autoridade e governo do
mundo.
O apóstolo
João profetizou o fim do Anticristo naqueles dias, à semelhança da visão de
Daniel 7.11,12, ele viu e revelou em Apocalipse 19.11,17-19: “E vi o céu aberto,
e eis um cavalo branco. O que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e
Verdadeiro e julga e peleja com justiça. E vi um anjo que estava no sol, e
clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu:
Vinde e ajuntai-vos à ceia do grande Deus, para que comais a carne dos reis, e a
carne dos tribunos, e a carne dos fortes, e a carne dos cavalos e dos que sobre
eles se assentam, e a carne de todos os homens, livres e servos, pequenos e
grandes, e vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para
fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo e ao seu exército”.
Esse cavalo branco e seu cavaleiro de Ap 19.11 não são os mesmos do
capítulo
6.2. Lá no
capítulo 6 de Apocalipse, o personagem é o Anticristo e no capítulo 19, o
personagem é o próprio Cristo, descendo do céu para destruir o Anticristo e seus
comparsas no período da Grande Tribulação. Assim como o personagem do “chifre
pequeno” de Dn 7 foi morto e destruído, o futuro Anticristo será destruído pelo
poder da vinda de Cristo. O tempo de domínio do personagem do “chifre pequeno”
terá seu fim, porque a profecia diz que “foi lhe dada prolongação de vida até
certo espaço de tempo” (Dn 7.12).
“e eis
que vinha nas nuvens do céu um como o filho do
homem”
(7.13,14).
Nestes dois versículos, Daniel chega ao clímax das visões e revelações. A
Palavra de Deus nunca se contradiz nem submerge com contradição. Pelo contrário,
ela se complementa, se interpreta e se aplica a si mesma conforme as
necessidades dos que servem a Deus. No versículo 13 está escrito literalmente
que o Filho do homem “vinha nas nuvens do céu”. Esta profecia é repetida em Atos
1.9-
11, onde
os anjos anunciavam que o Jesus que subiu gloriosamente ao céu haveria de vir.
Posteriormente, na revelação que Jesus deu ao seu amado apóstolo João, a
mensagem é repetida: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os
mesmos que o traspassaram”(Ap 1.7). Daniel, em sua visão, viu esse personagem
que vinha nas nuvens do céu e se identificava como “o filho do homem”, o qual se
dirigiu ao Ancião de Deus.
Não há dúvida que se tratava de Jesus, a segunda pessoa da Trindade. Este “filho do homem” recebeu a concessão de poder e domínio sobre todas as nações para que o servissem, porque o seu domínio seria um domínio eterno que não passaria e seu reino não seria destruído. O título “filho do homem” tem um sentido messiânico, porque se refere, primeiramente, à vida terrena de Jesus. Porém, esse mesmo Jesus que foi rejeitado pelos judeus em sua primeira vinda e que se manifestou como “o filho do homem”, virá gloriosamente e com a aparência de “filho do homem” para desfazer o reino do Anticristo e tomar o reino de Israel e se assentar no Trono de Davi (Zc 14.1-4). Ele receberá o poder, a glória e o domínio sobre a terra quando descer para instalar o reino milenial na terra. Ao introduzir o Reino de Deus na terra, em sua vida terrena, como o Verbo divino feito carne (Jo 1.1,14) Jesus Cristo, virá a segunda vez, e inaugurará uma nova fase do governo de Deus na terra, instalando um reino de mil anos (Ap 20.2,6).
Não há dúvida que se tratava de Jesus, a segunda pessoa da Trindade. Este “filho do homem” recebeu a concessão de poder e domínio sobre todas as nações para que o servissem, porque o seu domínio seria um domínio eterno que não passaria e seu reino não seria destruído. O título “filho do homem” tem um sentido messiânico, porque se refere, primeiramente, à vida terrena de Jesus. Porém, esse mesmo Jesus que foi rejeitado pelos judeus em sua primeira vinda e que se manifestou como “o filho do homem”, virá gloriosamente e com a aparência de “filho do homem” para desfazer o reino do Anticristo e tomar o reino de Israel e se assentar no Trono de Davi (Zc 14.1-4). Ele receberá o poder, a glória e o domínio sobre a terra quando descer para instalar o reino milenial na terra. Ao introduzir o Reino de Deus na terra, em sua vida terrena, como o Verbo divino feito carne (Jo 1.1,14) Jesus Cristo, virá a segunda vez, e inaugurará uma nova fase do governo de Deus na terra, instalando um reino de mil anos (Ap 20.2,6).
(7.15-17)
Daniel fica perturbado com a visão e pede a Deus que o faça entender. Um dos
seres angelicais que estava presente na visão lhe explica tudo e lhe dá a
interpretação da visão.
“os santos
do Altíssimo” (7.18). Quem são? Os amilenistas que negam a literalidade do
Milênio e o veem alegoricamente, isto é, não creem na realidade são dos
amilenistas, “os santos do Altíssimo” são os anjos. Na visão milenista e
pré-tribulacionista, “os santos do Altíssimo” são, indubitavelmente, os judeus
(Dn 7.21; 9.24; Ap 13.7; 17.6). Jesus Cristo, “o filho do Homem” reinará
literalmente na terra por mil anos. Esses santos são, de fato, os judeus fiéis
salvos quando o Messias voltar para reinar literalmente. O reino milenar não é
para a igreja de Cristo, mas é para os judeus e o mundo depois da Grande
Tribulação.
O milênio não é mera alegoria. O milênio será real e literal, quando Jesus Cristo tomar posse do governo do mundo e desfazer o poder da trindade satânica constituída pelo Diabo, o Anticristo e o Falso Profeta. Segundo o autor D. Pentecost, diz que “o propósito original de Deus era o de manifestar sua absoluta autoridade, e este propósito se realizará quando Cristo reunir a teocracia terrenal com o reino eterno de Deus. Desta maneira se por uma parte o domínio teocrático terrenal se limita a mil anos, que é tempo suficiente para manifestar o governo perfeito de Deus sobre a terra, uma vez que seu reino é eterno e para sempre”.
O milênio não é mera alegoria. O milênio será real e literal, quando Jesus Cristo tomar posse do governo do mundo e desfazer o poder da trindade satânica constituída pelo Diabo, o Anticristo e o Falso Profeta. Segundo o autor D. Pentecost, diz que “o propósito original de Deus era o de manifestar sua absoluta autoridade, e este propósito se realizará quando Cristo reunir a teocracia terrenal com o reino eterno de Deus. Desta maneira se por uma parte o domínio teocrático terrenal se limita a mil anos, que é tempo suficiente para manifestar o governo perfeito de Deus sobre a terra, uma vez que seu reino é eterno e para sempre”.
(7.19-22)
Nestes versículos Daniel tem o entendimento dos quatro reis, ou seja, os quatro
animais, que ressurgirão sob a égide do Anticristo e perseguirão “os santos do
Altíssimo”.
“a ponta
pequena (o chifre pequeno) fazia guerra contra os santos e os vencia” (7.21).
Este chifre pequeno é a encarnação do Anticristo, forte e robusto, que fará
guerra contra Israel e produzirá grande sofrimento e perda em Israel naqueles
dias. Será um líder com grande domínio de massas e politicamente atrativo e
atrairá apoio das nações contra Israel. Mas seu poder será desarraigado por um
poder maior, o poder do “Filho do Homem”,Jesus Cristo que o destruirá e tomará
posse de um reino prometido, poderoso e consolidador. A Bíblia declara que o
Anticristo será, de fato, o último líder mundial antes de Cristo, o Messias
desejado e sonhado por Israel.
“o tempo
em que os santos do Altíssimo possuirão o reino” (7.22). Esse tempo será
cumprido ao final da grande Tribulação, ou seja, especialmente depois do segundo
período da “semana profetizada por Daniel (Dn 9.27). O “ancião de dias”,
subjetivamente é Deus Pai quem declara que o tempo da possessão do reino havia
chegado. Até o final dos dias da “última semana”, o “chifre pequeno” será
quebrado para sempre. Seu reino será aniquilado. A destruição desse rei blasfemo
e déspota acontecerá inevitavelmente quando se terá cumprido o período de três
anos e meio, ou seja, o período que compreende ao “tempo, tempos e metade de um
tempo”. E, exatamente, na metade da semana da Grande Tribulação. Esse período é
identificado como o “tempo dos gentios” no qual as nações gentílicas dominarão o
mundo e massacrarão a Israel. O tempo dos gentios terminará com o fim da “última
semana” de Daniel 9.27, ou seja, dos sete anos da Grande
Tribulação.
(7.23,24)
Nestes dois versículos Daniel dá a interpretação da identidade e das ações do
quarto animal que é o Império Romano. Descreve a sua força, domínio e glória,
bem como, o juízo que virá sobre esse império e a sua destruição pelo poder da
vinda de Cristo, a sua parousia com poder e glória (2Ts 2.8 eAp
19.20).
V - O TEMPO DA GRANDE TRIBULAÇÃO
“tempo,
tempos e metade de um tempo” (7.25). Esse texto aponta, literalmente, o período
de tempo em que ocorrerá um grande sofrimento no mundo, especialmente, contra
Israel. Será o período quando “o chifre pequeno”, e na linguagem do Novo
Testamento o “anticristo”, firmará o concerto com Israel por “uma semana” (Dn
9.27). Esse período ganha uma linguagem metafórica quando fala de “um tempo, e
tempos, e metade de um tempo”(v. 25). Esse período equivale a “três anos e
meio”, ou a “42 meses”, ou “a 126 dias” (Dn 12.7; 9.27; Mt 24.21,22; Ap 7.14). E
interessante notar que a primeira metade da semana de três dias e meio será de
artifícios políticos do Anticristo simulando um tipo de paz nas relações de
Israel com as nações. Até que o Anticristo quebre o pacto e comece a pressionar
e perseguir a Israel, atraindo o apoio das nações contra Israel. Então se inicia
a segunda metade da semana prescrita da Grande Tribulação. “O tempo dos gentios”
será, literalmente, o tempo do ódio mundial contra Israel.
Na primeira metade dos sete anos (três anos e meio) o Anticristo fará acordos com Israel os quais não cumprirá. Nesse primeiro período ele exercerá poder e influência política e econômica sobre Israel. Depois, quebrará o pacto feito e não cumprirá o acordo com Israel e fará pressões e incitará as nações para guerrear contra Israel para destruí-lo. Existe uma teoria, chamada midi-Tribulação e baseia esta interpretação no texto de Mt 24.15-28, quando Jesus discursa especialmente para o povo judeu.
Na primeira metade dos sete anos (três anos e meio) o Anticristo fará acordos com Israel os quais não cumprirá. Nesse primeiro período ele exercerá poder e influência política e econômica sobre Israel. Depois, quebrará o pacto feito e não cumprirá o acordo com Israel e fará pressões e incitará as nações para guerrear contra Israel para destruí-lo. Existe uma teoria, chamada midi-Tribulação e baseia esta interpretação no texto de Mt 24.15-28, quando Jesus discursa especialmente para o povo judeu.
A Grande
Tribulação não será para a Igreja de Cristo. A igreja será, antes da Grande
Tribulação, arrebatada para o céu e os mortos em Cristo serão ressuscitados
gloriosamente (1 Co 15.51,52; 1 Ts 4.13-18). Portanto, o Messias virá para
Israel e para o mundo e a igreja não estará na terra. O Messias virá para
cumprir o sonho desejado e profetizado para intervir no “poder dos gentios” sob
o comando do Anticristo e assumirá o Reino sobre a
terra.
A
destruição do Anticristo (7.26,27)
Até chegar
a esse ponto, Cristo descerá sobre a terra literal e visivelmente sobre o Monte
das Oliveiras (Zc 14.1-4). Cristo é o Messias sonhado e desejado por Israel e
virá para esse povo. Na sua vinda gloriosa e visível, especialmente para Israel
promoverá espanto no mundo inteiro. O Diabo saberá que o seu poder de destruição
do povo de Israel estará detido. O Messias, Jesus Cristo, então, destruirá esse
rei blasfemo e déspota, o Anticristo, e assumirá com autoridade o governo do
povo de Deus naqueles dias e iniciará seu governo milenar na terra. Desse modo
terá cumprido o período dos “três anos e meio” da segunda metade da semana de
Daniel (Dn 9.27). Alguns historiadores preferem interpretar esse período como
tendo o seu cumprimento no ano 70 d.C, mas esquecem que é no final do período do
domínio do “pequeno chifre” que o reino será dado aos santos do Altíssimo, o
povo de Israel. Não há o que duvidar! Depois de tudo isso se estabelecerá o
reino do Messias. Não há dúvidas, também, de que a igreja de Cristo não estará
na terra nesse período, porque será arrebatada antes que inicie o tempo da
Grande Tribulação.
“E o reino
e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo
dos santos do Altíssimo” (7.27). O Anticristo não poderá resistir ao poder
daquEle que é mais poderoso do que ele, que é o Senhor Jesus Cristo o qual
destruirá ao Anticristo e tomará o seu domínio e o passará aos “santos do
Altíssimo” que são israelitas naqueles dias. O Anticristo será destruído pelo
fogo ( Dn 7.11) e será lançado no Geena (o Lago de fogo) para sempre (Ap 19.20).
A Bíblia diz que ele será destruído pela força da vinda do Messias (2 Ts 2.8). A
vitória final contra as forças do mal será culminada com o triunfo de Cristo
Jesus (Dn 7.27).
O início
do Reino de Cristo no Milênio (7.28)
O reino do
quarto animal, representado pelo “chifre pequeno” que é um antítipo do “filho da
perdição”, do “homem do pecado”, do anticristo, cujas nominações se referem ao
mesmo personagem, será desfeito e prevalecerá o Reino de Cristo sobre a terra. A
batalha do Armagedom que acontecerá no final da “semana de Daniel”, quando as
nações da terra estarão sob o comando do Anticristo pisando e tentando destruir
totalmente a Israel, o Senhor Jesus Cristo virá para interferir naquela guerra e
obterá grande vitória contra o Diabo, seus anjos e os comandos do Anticristo.
Ele, Jesus Cristo, tomará o comando das nações e reinará e estabelecerá seu
reino milenar, e então, o domínio e a majestade dos reinos do mundo serão dados
ao povo dos “santos do Altíssimo”(Ap
10.7).
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